quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Projeto: Redação da Semana

REDAÇÃO DA SEMANA

Público alvo:

Alunos da Escola Rural do Bonfim, do 2º ano ao 5º ano do Ensino Fundamental.

Objetivos:

· . Escrever atentamente diferentes textos, observando a regularidade da divisão silábica e o efeito estilístico da tonicidade das palavras; usar linguagem adequada às situações comunicativas mais formais que acontecem socialmente;

· . Controlar a legibilidade do escrito.

· Estimular a criatividade e a capacidade do aluno de desenvolver estórias;

· Melhorar a produção de texto dos alunos;

· Corrigir erros de elaboração de texto e de ortografia;

· Melhor a leitura de textos de sua própria produção;

Cronograma:

O projeto será realizado nos meses de fevereiro à dezembro de 2008.

Atividades:

Sugerir 40 temas de redação aos alunos acompanhando o tema do projeto que está acontecendo e pedir que eles façam uma redação, poesia ou qualquer tipo de texto escrito.

Para concorrer ao premio além de desenvolver a redação o aluno deve lê-la em voz alta para a turma.

Os melhores textos seriam escolhidos através de votação e da escolha dos professores e os autores das redações seriam gratificados com prêmios.

Recursos materiais:

Caderno de redação, prêmios para os alunos (jogos, minutos a mais no recreio, premio de R$1,99, brincar no computador, um livrinho, material escolar...).

Avaliação:

A avaliação será feita a partir da correção do caderno e da leitura do aluno.

Histórico da Escola Rural do Bonfim

HISTÓRICO:

A Escola Rural do Bonfim nasceu de um anseio generalizado da comunidade rural do Bonfim, descoberto a partir do diagnóstico de saúde realizado pelo Posto de Saúde do Bonfim, em 1992, onde se pretendia definir as necessidades primordiais dessa comunidade. A avaliação diagnóstica revelou um elevado índice de analfabetismo entre os jovens e adultos causado principalmente pela dificuldade de acesso à escola, retardando a entrada das crianças na escola e conseqüentemente dificultando a aprendizagem. As principais reivindicações eram: uma escola mais próxima à zona rural do bairro Bonfim, tanto no que diz respeito à distância, propriamente dita como no que diz respeito à realidade sócio-pedagógica.

A partir da avaliação deste diagnóstico, iniciamos as reuniões com pais interessados a reverter essa situação, em 1992 Juntos, comunidade e profissionais envolvidos, iniciamos as conversas e entendimentos. Tiramos uma comissão responsável pela organização dessas reuniões e finalmente essa comissão apresentou uma minuta de estatuto, com sugestão de realização de eleição e finalmente estava formada nossa Associação de Pais e Professores com o objetivo de construir e colocar em funcionamento uma escola para a comunidade rural do Bonfim. Era 1993. Tudo foi muito difícil, mas sempre contamos com mais forças positivas para nos ajudar do que com as negativas. Muitas entidades de Petrópolis reconheceram nossa luta como justa socialmente e não mediram esforços para nos ajudar: Fórum de Defesa da Criança e do Adolescente, Centro de Defesa de Direitos Humanos, Posto de Saúde do Bonfim (na pessoa do enfermeiro Carlos Luiz da Silva Pestana), Parceria Petrópolis-Bonn-Postdam, diversos comerciantes de Corrêas e professoras amigas.

Passamos a participar de vários encontros, reuniões, palestras, todos voltados para a importância da participação popular para a realização de obras ou ações onde o poder público era omisso. Foi numa dessas reuniões que entramos em contato com a Parceria Petrópolis-Bonn-Postdam, cidades amigas, cujo objetivo principal era a colaboração entre essas três cidades, duas da Alemanha e uma do Brasil. Com a Associação de Pais atuante, organizada e participativa pudemos receber verbas de entidades da Alemanha e investir na construção de nossa escola. Funcionava assim essa parceria: metade do investimento usado viria da Alemanha e a outra metade dos pais do Bonfim. Fizemos almoços beneficentes, rifas, listas, bingos, carnês de mensalidade, livros de ouro, etc. tudo para conseguir a nossa metade. Foram dois anos de obras. Já nessa época a professora Marluce iniciou seu curso de Formação de Professores, uma vez que só havia feito dois cursos universitários e que, portanto não tinha habilitação para lecionar em turmas de 1º ao 5º ano. Também nessa época participou de encontros promovidos pelas professoras da E. E. Hercília Moret, com o apoio e entusiasmo da professora Rossana, recém chegada de São Paulo onde trabalhou na Escola da Vila por diversos anos, uma escola reconhecidamente construtivista e que apresenta excelentes resultados na formação de seus alunos. Queríamos algo diferente e não medimos esforços para buscá-lo!

Quando o prédio foi inaugurado, em 5 de fevereiro de 1995, não tínhamos carteiras e cada pessoa interessada no funcionamento da escola emprestou mesas e cadeiras e assim começamos com as aulas no dia 6 de fevereiro. Atendíamos a uma classe multiseriada e nessa época contamos com a ajuda da inesquecível Prof. Sônia Scudese, que trabalhava na Secretaria Estadual de Educação, para a elaboração de nosso regimento interno e posterior inscrição junto ao MEC. Concomitantemente, tentávamos convênio com a Prefeitura. Em agosto de 1995 passamos a integrar a rede de escolas municipais, com grande ajuda da prof. Eneida Maldonado. A partir de então, passamos a seguir a Secretaria de Educação em todas as suas determinações.

Desde então participamos de cursos, palestras, encontros, jornadas e oficinas organizadas e/ou promovidas pela SEE.